(latim libertas, -atis)
s. f.
1. Direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem.
2. Condição do homem ou da nação que goza de liberdade.
3. Conjunto das ideias liberais ou dos direitos garantidos ao cidadão.
4. [Figurado] Ousadia.
5. Franqueza.
6. Licença.
7. Desassombro.
8. Demasiada familiaridade.
9. Imunidades, regalias.
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Hoje celebra-se mais um aniversário da 'Revolução dos Cravos'. Para mim é o meu feriado preferido, pelo que representa e pelas consequência daquele dia, não todas mas a maior parte.
Costumo dizer que tenho as duas versões do 25 de Abril, a minha Mamí viveu sempre em Portugal, sentiu de perto a opressão da PIDE, a falta de acesso a tudo devido à censura e viveu pobre. O 25 de Abril para ela sempre foi muito importante e sempre fomentou em nós o gosto pelo dia e mesmo as comemorações, lembro-me de ser criança e ir à baixa participar dos festejos. Por outro lado, o meu Papí nasceu em Moçambique, para ele o 25 de Abril não foi bom, a família dele foi obrigada a deixar a sua vida confortável, foram mal recebidos num país que os insultava (retornados, quando na verdade eram refugiados!) e perderam quase tudo... O meu Papí nunca foi connosco festejar o 25 de Abril, mas sempre reconheceu os efeitos positivos do que aconteceu, e considero que é um homem muito tolerante.
Depois destes anos todos o que mudou efetivamente? O momento que vivemos afeta como a nossa liberdade, ou as nossas liberdades? Será que os ideais de abril ainda importam? Será que a minha geração, e principalmente as mais novas, sabem o que representa este dia? Será que nos importamos assim tanto com o que acontece à nossa volta? Será que ser livre hoje é o que era ser livre há 39 anos? O que fez Abril por nós? E acima de tudo, o que fazemos nós por manter Abril?
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